terça-feira, 19 de maio de 2009

Do suspense ao tabaco

Começar o post reclamando. Impressionante, como o café na xícara esfria rápido. É de se assustar, mal escrevo duas linhas, e lá se vai mais um pouco do calor. Desse jeito, vou ser obrigado a beber café como rabo de galo, num único gole. Vai ter que ser assim, vai ter que ser assim... Na ordem do dia, nada de novo, nada. Na semana, pude assistir mais um capítulo da série Runaway, que passa nas madrugadas da Globo. É notadamente fraca, com estórias de amores juvenis, perseguição megalomaníaca e um tom dramático... cômico. Mas, como nem sempre tudo é tão ruim como parecer ser (pergunte a um bêbado), um pequeno diálogo me chamou a atenção. Enquanto mobilizava desesperadamente a família para fugir - não interessa o motivo – uma personagem, secundária, perguntou: - Quando estamos sob a mira de uma investigação, devemos fugir ao menor sinal de perigo, ou, permanecer onde se está, na tentativa de não agir desnecessariamente, causando maior suspeita?

Interessante, não? Vou pensar aqui, na melhor solução possível, mas podem ir respondendo. Irão me ajudar. Colheres de chá à parte, o enredo do seriado é medíocre. Para mim, as séries estão muito apelativas com esses forçados tons de suspense. Uma ferramenta fundamental para qualquer história, o suspense serve para dar “um tom” ora aqui, ora ali. Fica insuportável acompanhar séries como Lost (não atirem no pianista, nem em mim), calcadas em suspenses demasiadamente longos, irritantes. Perde-se o roteiro baseado em bons conflitos psicológicos, inimigos memoráveis, dramas existenciais, problemas éticos, para um misticismo tolo, explicado em um episódio final, do tipo “até que enfim explicou essa porcaria”.

Enfim, vamos mudar de assunto, sem fortes revelações ou tropicais ursos polares.

É iminente em mim a idéia do “fico sempre por um triz”. Calma, tudo bem que avisei, mudaria de assunto, mas rápido assim, confunde. Essa conclusão é resultado de algumas premissas (não diga!), inarráveis nesse espaço. Por que comecei a escrever então? Sei lá, eu avisei que sempre fico por um triz... um dia eu conto. A outra conversa, essa “escritível”, diz respeito a lamentável lei anti-fumo de São Paulo, que hoje (18/05/09) na Folha de SP foi defendida por um secretário qualquer do Serra. O pobre diabo exaltava de tal forma a iniciativa, que parei de ler na metade. Como você, crítico do texto, parou na metade? Ora, o indivíduo listou sete melhorias na vida do cidadão (baseado em dados de Nova Iorque) com a imposição da lei, que pareceram-me surreais. Eram dados referentes aos dois últimos anos, sabidamente férteis ao desenvolvimento econômico mundial, mas ele nem quis saber. Tirou conclusões a torto e a direito.

Atribuiu crescimento de bares e restaurantes, freqüência de pessoas, aumento na oferta de empregos do ramo, como conseqüência da lei. Sério, tudo resultado da ação estatal impedindo o infeliz de fumar. Claro, pensam eles, devemos cuidar daquele idiota, que fuma mais que Preto Velho em dia de oferenda, e causa prejuízos ao SUS e a si mesmo. Nem preciso comentar, pessoas mais inteligentes que eu comentaram, basta lê-las (Lei antifumo e liberdade).

Vou ficando por aqui, mas escrevo logo, pois um assunto me deixou bem doído por esses dias. Depois eu conto, mas trata-se de algo imperdível, inovador, incrível... hahaha! Viva ao suspense de meia tigela! Abraços!

Enquanto escrevia, ouvia:

Discover Gnarls Barkley!

2 comentários:

Alison Mandeli disse...

Olá amigo.

Gostei do texto hehe.

Um abraço

GLAUCO GEREMIAS disse...

Acho que aquele padre esta te deixando existencial meu amigo...
vamos tomar umas cervejas para espairecer ehehehhehe!!
gostei do texto,porém acredito que as mini séries ou melhor MEGA séries como LOst e Prison Breack são boas, mas tudo bem, é apenas um ponto de vista... como diria o amigo alison: "concordamos discordando..." ehehhe abraço!