“As pessoas tem que acreditar
em forças invisíveis para fazer o bem
tudo o que se vê não é suficiente
e a gente sempre invoca o nome de alguém”
em forças invisíveis para fazer o bem
tudo o que se vê não é suficiente
e a gente sempre invoca o nome de alguém”
(John, do Pato Fu)
Uma vez, Salvador Dalí mandou um bilhete para os Estados Unidos. Era endereçado a Alexander Calder, e dizia: “O mínimo que se exige de uma escultura é que ela não se mova”. Uma vez, na Espanha, aconteceu um sarau com figurões da nossa música popular e alguns outros intelectuais, em especial, João Cabral de Melo Neto e Vinicius de Moraes. O segundo só fazia cantigas sobre amor, para o amor e por causa do amor. O primeiro então interrompe o segundo, entre uma de muitas canções, e diz: “Você não sabe cantar com outra entranha que não seja o coração?”. Uma vez meu pai foi caçar. Junto com ele estavam seus tios e cachorros perdigueiros, entre eles, o mais feroz e astuto, Sultão. Como líder da matilha, avançou mata adentro. Mas logo voltou, mancando. Quando ergueram sua pata traseira, retiraram um grande espinho. Depois disso, Sultão não quis voltar a caçar, uivando de dor, apoiado em três pés. Atrapalhando a caminhada no mato, o tio disse: “Ê Sultão, será que vou ter que te arranjar sapato, pra você andar no mato?”.
Outra vez, Noé não encontrou Zimerman e não disse: “Rapaz, eu não sou alcoólatra, o mundo de fato esteve perdido e eu fiquei é enjoado com o balanço do mar”. Eu torci por esse encontro, essa semana. Fora isso, melhor que Caim não fique sabendo de seu caráter sádico-destrutivo. Seria trágico. Para o Zimerman. Na catequese, quando catecúmeno pela segunda vez estava, ouvi dizer a catequista: “O único pecado imperdoável para Deus, é a descrença ou zombaria do sagrado Espírito Santo”. Respirei aliviado. O forró da noite passada não havia carimbado meu passaporte para o inferno. Muito menos para o céu.
Mais de uma vez, li na Folha de SP, declarações de um senhor chamado Vânio Aguiar. Sabe qual a sua ocupação remunerada? Diretor da massa falida do Banco Santos. Uma beleza de emprego, mas nada original. Ora, estou vivo a vinte e um anos, isso é que é demonstração de habilidade em dirigir massa falida. No meu currículo vou colocar “Experiência em direção de massa falida”. O duro é se pedirem recomendação. Quem viu garante que a massa não cresceu, e mais: “Nossa, quem abriu a tampa do forno? Agora a massa murchou!”. Há quem diga, ainda, que massa falida mesmo, é a do Fluminense.
Vez ou outra, em um desses “buracos de rato” que nos metemos noite adentro, ouvi uma conversa estranha, quando fui comprar uma água no bar. Claro, no bar não ouviria alguém comentando a tradução dos fragmentos de Parmênides, isso seria espantoso, a ponto de chamar um pastor e três chefes católicos. O diálogo era entre duas simpáticas senhoritas, igualmente marinadas no uísque por uma noite, como a carne recheada da minha mãe. Dizia, a mais alterada: “Nós inauguramos a primeira profissão do mundo. Louvai todos, a fornicação remunerada!”. Mesmo aplaudida por um maníaco na outra ponta do balcão, não pude deixar de observar: “Não seria a primeira profissão, a mais antiga de todas, o paisagismo? ”.O lugar já estava desanimado, mais triste que zona sem música. Depois disso, mais vazio que banheiro de necrotério.
Outra vez, Noé não encontrou Zimerman e não disse: “Rapaz, eu não sou alcoólatra, o mundo de fato esteve perdido e eu fiquei é enjoado com o balanço do mar”. Eu torci por esse encontro, essa semana. Fora isso, melhor que Caim não fique sabendo de seu caráter sádico-destrutivo. Seria trágico. Para o Zimerman. Na catequese, quando catecúmeno pela segunda vez estava, ouvi dizer a catequista: “O único pecado imperdoável para Deus, é a descrença ou zombaria do sagrado Espírito Santo”. Respirei aliviado. O forró da noite passada não havia carimbado meu passaporte para o inferno. Muito menos para o céu.
Mais de uma vez, li na Folha de SP, declarações de um senhor chamado Vânio Aguiar. Sabe qual a sua ocupação remunerada? Diretor da massa falida do Banco Santos. Uma beleza de emprego, mas nada original. Ora, estou vivo a vinte e um anos, isso é que é demonstração de habilidade em dirigir massa falida. No meu currículo vou colocar “Experiência em direção de massa falida”. O duro é se pedirem recomendação. Quem viu garante que a massa não cresceu, e mais: “Nossa, quem abriu a tampa do forno? Agora a massa murchou!”. Há quem diga, ainda, que massa falida mesmo, é a do Fluminense.
Vez ou outra, em um desses “buracos de rato” que nos metemos noite adentro, ouvi uma conversa estranha, quando fui comprar uma água no bar. Claro, no bar não ouviria alguém comentando a tradução dos fragmentos de Parmênides, isso seria espantoso, a ponto de chamar um pastor e três chefes católicos. O diálogo era entre duas simpáticas senhoritas, igualmente marinadas no uísque por uma noite, como a carne recheada da minha mãe. Dizia, a mais alterada: “Nós inauguramos a primeira profissão do mundo. Louvai todos, a fornicação remunerada!”. Mesmo aplaudida por um maníaco na outra ponta do balcão, não pude deixar de observar: “Não seria a primeira profissão, a mais antiga de todas, o paisagismo? ”.O lugar já estava desanimado, mais triste que zona sem música. Depois disso, mais vazio que banheiro de necrotério.
Découvrez la playlist 22 de setembro de 2009 avec Ennio Morricone
Um comentário:
Olá Douglas. Muito bom amigo.
A do Zimerman é pra acabar, hahaha.
Desculpe estar meio desaparecido, estou em uma fase um pouco complexa.
Um abraço
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